E desinteressadamente
Olhe por alguns minutos
Dentro dos meus olhos
E não compare com pinturas
O meu retrato
Mas perceba a minha existência
Talvez, uma simples essência
Tão humana quanto sua
Que aprendeu de tudo
Errando e acertando
Passando por bons e maus bocados
E por mais atrapalhados
O sorriso continuava estampado
Talvez, um dia alguém lhe conte
Quem eu fui, como eu era...
Que nem sempre eu falava a verdade
Mas pra brincar de ficção
Dar cor e graça à vida
Balançar os corações
Que gostava de dar conselhos
De despertar emoções
Que não tinha amigos por vaidade
Morava de cidade em cidade
E sentia no peito
As saudades e as ausências nas canções
E observava de longe...
E, agora eu sou...
Alguém que sorri empaticamente
E se mantém estática, mas
Fixada na sua mente
Como uma breve recordação
Que sonhos eu teria?
Que a vida fosse um filme
Para eu poder dar replay.
Potira Souto
23.12.2011