Ela estava parada na janela, quando alguém surgiu na madrugada, parou na sua frente e atingiu sua testa com um tiro. Deitada no chão, ela tentou levantar-se, querendo acordar daquele pesadelo.
Um homem aproximou-se a levantou do chão, pedindo-lhe calma. Ela estava confusa. Pensou de imediato nas coisas que teria de fazer no dia seguinte. O homem aconselhou que a vida tinha dimensões maiores e a fez refletir. Então, ela pôs-se a chorar por coisas que havia deixado de fazer, pelas pessoas que não encontrava por causa do cotidiano agitado.
Perguntou-se como seria daqui para frente, sem ela. Por um momento imaginou-se do tamanho de um grão de areia. Em um segundo instante, percebeu que quando viva teve a possibilidade de fazer diferente. Arrependimento, sim! Conformismo, talvez. Teria ela a chance de reparar? escolher as novas circunstâncias?
Sua única certeza, agora, é que um dia, seja pela maneira que for, sua única certeza é que deve fazer a sua história e não questionar as respostas que a vida dá.
Potira Souto
*Post Publicado em potirasouto.blogspot.com
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