Bom, eu sempre encontro uma explicação para tudo. E no caminho não encontro nenhuma certeza. Sei que não entendo tudo, mas não importa. Para que explicações, rótulos e definições para sobre acontece? É bom ter os pés chão. Mas ser cautelosa e ver tudo de um modo mais distante, como quem está de fora, me faz mais consciente.
Viajo no que sinto, ouço, vejo, falo, escrevo. Interpreto fatos, pessoas, sensações. Com isso aprendo mais do que se estivesse tentando classificar tudo. Sou metódica para algumas coisas, mas não acho justo colocar as pessoas e seus cérebros em análise e julgar por interesse ou vaidade. Pouco importa se alguns são previsíveis e outros não.
O que importa é que cada um é livre para pensar o que quizer. Se reprimir ou se expor. Admiro e ao mesmo tempo tenho pena dos que se colocam ao centro e dão sua cara para bater. Admiro quando estes sabem o que dizem e tenho pena quando estes pensam que sabem ou querem ser o dono da verdade.
Prefiro me posicionar na igualdade. E mesmo tendo como verdade no que digo, aceito as verdades alheias nesta mesma condição. O que importa não é o que eu digo, é como eu digo. O que eu penso pode ser tudo no sentido de que alguém precise entender aquilo que por mim já foi compreendido. E pode ser nada quando quem ouve prefere experimentar por si próprio ao seguir conselhos.
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