Amar é uma palavra que pode ser dita em muitos contextos. Pode ser uma verdade, um engano ou uma falácia. Nós somos os verdadeiros culpados por aquilo que sentimos. Nós nos permitimos amar e sofrer por amor. Nós necessitamos entrar em conflito com ele para não perder o tempero.
Ah, o amor... Tempos atrás, eu tinha um conceito de amor. Pensava que o verbo amar só poderia ser conjugado entre duas pessoas, eu e você. Hoje, penso que o amor não é apenas um verbo, um rótulo.
Já cheguei a me questionar se ele existia. Já explorei suas diversas formas. Já sonhei alto e amei. Hoje, acredito que a base de tudo é o amor-próprio. Aquele que sentimos quando estamos numa boa e numa ruim com a gente mesmo, quando nos relacionamos com as pessoas, quando nos olhamos no espelho, quando estamos diante nossas paixões.
Penso que amor e paixão são duas coisas diferentes. A gente pode gostar muito de alguém, de alguma coisa ou simplesmente selecionar pessoas e coisas as quais desejamos.
É fácil encantar-se, despir-se diante de um indivíduo ou objeto de desejo. Mas é na dificuldade que sentimos a real intensidade da paixão ou do dito amor, do simples desejo. Só não conseguimos admitir o que realmente pensamos, o que queremos com isso tudo e onde queremos chegar.
Amar pode ser a maior bobagem que o ser humano acreditou. Mas pode ser o seu maior desafio. Ah, essa estória de amor confunde a cabeça da gente. Em anos de civilização conhecemos muitas histórias de amor e mesmo assim não encontramos explicação para ele. Nem mesmo a ciência pôde entender ou encontrar uma fórmula para o amor. Enquanto algumas pessoas passam a vida tentando explicá-lo, outras vivem sem se preocupar. Apaixonam-se, encantam-se, namoram, casam e morrem por amor.
Potira Souto
Nenhum comentário:
Postar um comentário